Tipos de bisturi elétrico: diferença prática entre os bisturis elétricos
Existem diversos tipos de bisturis no mercado, que se diferem, principalmente, por seu acionamento elétrico e seus sistemas.
Sendo assim, é preciso saber diferenciar as ocasiões onde cada um deles é usado durante os procedimentos cirúrgicos e, é claro, com qual deles o profissional executa melhor o seu trabalho.
Neste artigo, vamos explicar um pouco mais sobre essa ferramenta que faz parte do dia a dia dos médicos e quais fatores os diferenciam. Fique conosco e confira!
Afinal, o que é um bisturi elétrico, bisturi eletrônico ou eletrocautério?
Primeiramente, vamos à definição básica: o bisturi é um instrumento cirúrgico que foi projetado para fazer cortes precisos em tecidos macios.
Ao longo da história, existem relatos que indicam que o bisturi venha sendo utilizado desde o Egito antigo, estando presente durante todo o desenvolvimento da medicina.
Desde então, existiram diferentes tipos de bisturi, tanto com variações de cabo — feitos com osso, madeira, ferro, marfim, bronze, aço e plástico —, quanto de pontas, que podiam ser curvas, reta, quadrangulares, circulares ou em forma de lança.
Dessa forma, chegou-se ao bisturi descartável — que graças ao cabo de plástico e lâmina de aço, permite que seu uso e descarte seja muito mais fácil — e o bisturi elétrico.
Conheça os tipos de bisturi elétrônico
O bisturi elétrico (também conhecido por sistema de eletrocirurgia ou unidade eletrocirúrgica) possibilita cortes muito mais velozes, fáceis e precisos dos tecidos moles, sem que o profissional precise exercer grande pressão manual.
Esse instrumento cirúrgico pode cortar e coagular tecidos utilizando correntes elétricas de alta frequência (HF) o que possibilita não só uma cicatrização do corte muito mais rápida — e, consequentemente, um melhor resultado estético do corte —, como também pode colaborar com a prevenção de infecções pós-operatórias, já que faz agiliza o processo de hemostasia do corte.
Para isso, os bisturis elétricos possuem diferentes funções e eletrodos, que variam de acordo com a cirurgia que será feita. São eles:
Bisturis elétricos de alta frequência
Transformam a corrente da rede elétrica em uma corrente de alta frequência, superior a 200 kHZ.
Bisturis ultrassônicos
Realizam os cortes e coagulação através de um gerador de ondas de ultrassons e peças de mão ultra sônicas.
Bisturis de ressonância molecular
Possibilitam uma técnica menos invasiva, pois funcionam com frequências que interagem com os tecidos em nível molecular, de forma não térmica.
Sistemas de eletrocirurgia
Sistema Monopolar para Bisturi
Esse sistema pode ser usado em várias modalidades de eletrocirurgia — como a cauterização e o corte, por exemplo —, e usa apenas um eletrodo ativo, que também funciona como eletrodo neutro.
Através do eletrodo denominado ativo, a energia entra no corpo do paciente pelo eletrodo ativo, o que possibilita seu uso para o corte do tecido e a coagulação.
Em qualquer outra área do corpo do paciente, posiciona-se a placa de eletrodo denominado neutro, permitindo que a corrente elétrica flua do gerador de energia e percorra o caminho até o fechamento do circuito elétrico.
A eletrocirurgia monopolar é versátil e eficaz, principalmente para a dessecação de um grande montante de tecido. Porém, essa técnica não pode ser aplicada em pacientes com pacemaker ou qualquer implante metálico, devido ao risco de eletrocussão.
Sistema Bipolar para Bisturi
No sistema bipolar, a eletrocirurgia é realizada através da transmissão da corrente de alta frequência através de um eletrodo ativo até o eletrodo neutro, sendo que ambos ficam posicionados lado a lado e, por isso, a corrente não precisa circular pelo corpo do paciente.
Por empregar menos energia, é menos eficaz para realizar cortes e coagulações em grandes regiões de tecido, entretanto, diminui as chances de desvio de corrente e de acontecerem queimaduras ou eletrocussão no paciente.
Conclusão
Por fim, agora que você conheceu os tipos de bisturis elétricos e seus principais modos de funcionamento, já entende melhor para quais procedimentos cirúrgicos cada um deles é mais adequado.
Afinal, quanto mais informação temos sobre os instrumentos utilizados nas cirurgias, mais fácil fica decidir quais escolher para seu acervo pessoal (se você é ou está a caminho de se tornar médico) ou se sentir mais seguro sobre como vai ser a sua cirurgia (se você é um paciente que está prestes a realizar uma).
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